sábado, 6 de setembro de 2008

Rótulo. Você precisa de um?

Rótulo é toda e qualquer informação referente a um produto que esteja transcrita em sua embalagem. Segundo a Wikipédia.
Segundo o meu entendimento, rótulo é um invólucro criado por pessoas especializadas, com uma única finalidade: chamar a atenção para um determinado produto. A idéia é tornar o rótulo tão atraente a ponto de você não se importar com o que há dentro da embalagem. E aí está o perigo. Comprar, sem se importar com o que está por dentro é o pior tipo de cegueira. Nas prateleiras exposição de tudo. Caras, bocas. Corpos sarados. Coxas malhadas. Intenções mascaradas.

Rótulos que seduzem. Que atraem. Que se oferecem e se vendem. Mas e o conteúdo, onde fica?

Não importa. A maioria das pessoas escolhe pelo rótulo. Compra pelo rótulo. Julga pelo rótulo.

E como já estão habituadas a isso, entram no mesmo círculo vicioso. Rotulam. É uma forma fácil e burra de simplificar as coisas, as pessoas. Porque se há algo verdadeiramente complexo no mundo, isto se chama gente.

É triste ser rotulada. Porque, afinal, coisas é que levam rótulos e não pessoas.

E como disse alguém: toda a generalização é burra. E todo o rótulo é estúpido.

Não sou má. Não sou boa. Não sou alegre. Não sou triste. Não sou pé no chão. Não sou aventureira. Sou e não sou tudo isso e mais uma infinidade de coisas.

Tudo é relativo. A vida é feita de momentos. E nós somos vulneráveis a estes momentos.

Verdade. É mais fácil rotular. Conhecer, se aprofundar dá trabalho. Implica em envolvimento. E num mundo descartável o verbo envolver é supérfluo.

Toda esta sutileza só para dizer: eu ODEIO RÓTULOS. E para quem está lendo isso, faça-me um favor: não me rotule. Aliás, não rotule ninguém. Não rotule povos e nem nações. É uma das coisas mais estúpidas que eu conheço.

Beijos
Samia