quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Seguir os nossos instintos é sempre um dilema.
















Desde pequenos aprendemos a conter os nossos instintos. É feio chorar. Gritar então nem se fala. Depois vem a adolescência e somos ensinados que contestar é coisa de gente revoltada, rebelde. Então somos impelidos a aceitar tudo.

E assim crescemos. Seguindo padrões, protocolos.

Ignorando os nossos próprios desejos e instintos, vamos nos perdendo de nós mesmos. E o que é mais triste: deixamos de ser quem verdadeiramente somos.

Casamentos sem amor. Profissões nunca exercidas. Sonhos jamais levados à diante.

É, realmente não é fácil ir contra tudo e contra todos para fazer valer o que acreditamos.

Que fique bem claro: só podemos concretizar as nossas vontades, quando isso não implica no sofrimento de terceiros.

O filme Vicky Cristina Barcelona exemplifica bem o que estou falando, no que se refere a seguir os instintos sem magoar o próximo.

O casamento a três dos personagens principais só deu certo, porque além de ninguém ter sido traído, havia uma pureza nos sentimentos. Havia verdade.

Ou seja, eles foram fiéis aos seus instintos e sem machucar ninguém.

Claro que se trata de um filme com um roteiro escrito por um homem de carne e osso. Na vida real não é tão simples assim.

Não estou dizendo que devemos agir como animais. Nada disso. O que estou tentando dizer é que me parece ridículo abdicar da nossa felicidade apenas por um capricho da sociedade.

Levar uma vida de mentira só para fazer o que todo mundo faz, ser o que todo mundo é.

Pensar, agir e ser diferente dá muito trabalho. Mas é a única chance que conheço de alcançar a satisfação pessoal e quem sabe, a tal da felicidade.

Beijinhos

Samia




Nenhum comentário: